segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

PAIXÃO CÔRTES




Filho de Júlio Paixão Côrtes e Fátima D'Ávila Paixão Côrtes, JOÃO CARLOS D'ÁVILA PAIXÃO CÔRTES, brasileiro, nasceu no dia 12 de julho de 1927 em Santana do Livramento. Folclorista, compositor, radialista e pesquisador. Paixão Côrtes tem suas heranças ligadas à agricultura e pecuária, o qual o levou a formar-se em Agronomia, com especialização em Ovinotecnia. O distanciamento da vida do campo fez Paixão Côrtes notar a necessidade de fixar certos valores que havia aprendida. Em 1947, com Glauco Saraiva, Barbosa Lesa e Orlando Degrazia, deu origem ao Movimento Tradicionalista Gaúcho, que hoje congrega mais de 1.500 entidades. Neste mesmo ano, os rapazes saíram às ruas pilchados para escoltar os restos mortais do herói Farroupilha David Canabarro. Assim, surgiram as Rondas Crioulas, que mais tarde, originaram a Semana Farroupilha, em 11 de dezembro de 1964. Paixão Côrtes também fundou o primeiro Centro de Tradições Gaúchas, chamado de 35, em 24 de abril de 1948. O primeiro contato de Paixão Cortes com o rádio foi em 1953, na rádio Farroupilha. Ele levou um grupo do Centro de Tradições Gaúchas 35 para uma apresentação ao vivo no programa de J. Antônio D’Ávila. Acabou sendo convidado pelo comunicador para apresentar, em estúdio, Festa no Galpão, programa que ficou no ar até 1957. Em primeiro de maio de 1955, Augusto Vampré diretor da emissora, convidou-o a apresentar um programa de auditório de caráter puramente regional. Paixão chamou o amigo Darci Fagundes, com quem formou uma dupla. Juntos lançaram o programa Grande Rodeio Coringa, que foi ao ar até 1957 e reformulou toda a história da fonografia rio-grandense, na comunicação dos temas regionais, abrindo caminho para músicos, cantores e compositores populares. Em 1958, Paixão Côrtes foi convidado para apresentar “Festança na Querência”, na rádio Gaúcha, programa de auditório, com uma hora de duração. Paixão dividia com Dimas Costa a animação do programa que era veiculado aos domingos. Foi ao ar de 1958 a 1967. No ano de 1968, Paixão estava na Europa, levando o folclore do Rio Grande do Sul. Onde  encontrou Flávio Alcaraz Gomes, diretor da rádio Guaíba. Ele convidou o tradicionalista para apresentar um programa na emissora. Paixão passou, então, a apresentar dois programas na Guaíba; Querência, programa diário de lançamentos musicais, com dez minutos de duração e, Domingo com Paixão Côrtes, programa temático, com meia hora de duração. De acordo com Paixão, a rádio Guaíba, foi importantíssima para a transformação de “grossura em cultura”. Paixão Côrtes recebeu dois importantes prêmios fonográficos: Melhor Realização Folclórica Nacional (1962) e Melhor Cantor Masculino (1964). Em meados da década de 50, existiam apenas cinco músicas gauchescas catalogadas. Essa pobreza de sons moveu Paixão Côrtes a promover novos grupos musicais. Em seus programas foram lançados Os Gaudérios, o conjunto vocal Farroupilha e outros. O comunicador viajava com frequência para pesquisar e identificar novos valores, liderando um processo de desenvolvimento da cultura regional. Isto foi essencial para a ampliação da cobertura e expansão dos centros de tradições. No final de 1999 contava-se, aproximadamente, 4200 Centros de Tradições Gaúchas espalhados pelo mundo. Por sua importância dentro da história gaúcha, a figura de Paixão Côrtes ficou eternizada em bronze na estátua do Laçador, reproduzida pelo escultor Antônio Caringi, instalada, em 1954, na rótula de entrada de Porto Alegre. Pelos seus mais de 50 anos de dedicação aos estudos sobre a cultura rio-grandense, que lhe renderam mais de 30 obras sobre ovinocultura e folclore, recebeu a Ordem de Mérito Cultural. 
Algumas de suas músicas tradicionais gaúcha: Chimarrita, Balaio, Maçanico e Quero - Mana, Tirana do Lenço, Xote Carreirinha, Havaneira Marcada, entre outras.

              http://www.brasilcultura.com.br/cultura/paixao-cortes/


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